12 setembro, 2008

O CARÁTER DO MINISTÉRIO PASTORAL*

     O caráter do ministério pastoral não pode ser adquirido por vias humanas, ele é forjado no homem pelas potentes mãos do altíssimo.

            Na contemporaneidade vivemos um momento de muita adulteração do conceito de verdade; em todas as instâncias o maligno tentar solapar os fundamentos imutáveis de Deus por meio de simulacros escandalosamente inferiores as obras divinas. No âmbito da chamada pastoral não é diferente, mais do que nunca nos deparamos com indivíduos interessadamente buscando a ascensão ministerial pela via da função pastoral, pois vislumbram esta como uma condição de ampliação do status social, de aumento do poder econômico e de possibilidade de auto-satisfação, ou seja, aspiram tudo que diz respeito a um reino terreno e distanciam-se assim da verdadeira vocação pastoral.

Há em nossos dias uma multidão de frustrados e incompetentes que vêem o ministério pastoral como última saída para extravasarem suas pulsões reprimidas; destes fazem parte aqueles que procuram industrializar o evangelho, usando técnicas empresariais para divulgação das realizações em seus pequenos feudos, mercadejando a fé dos incautos com seus conceitos de “marketing de rede” dissimulados em células, introduzindo politicagens no Reino de Deus e distorcendo as Sagradas Escrituras a um nível em que seus ouvintes nunca passam de imaturos cristãos.

O decreto e propósito divino nunca vislumbraram estes falsos obreiros para a chamada pastoral, se não exclusivamente para a universal vocação da salvação e esta efetivada por meio de muitos esforços e estratégias celestiais.

Deus escolheu, em sua presciência, um pequeno grupo de homens para a construção de uma tarefa que traz em sua constituição um paradoxo: a honra da representatividade da divindade entre os homens e a quase impossibilidade do cumprimento desta missão em função da falível e limitada estrutura humana. Mas Deus tem seus escolhidos!

Há homens que foram chamados para amar além da lógica humana, para perdoar segundo a ilimitação da graça divina, para vencer situações nas quais o homem comum desistiria, estes são os pastores chamados e vocacionados por Deus, homens de uma natureza cada vez mais rara em nossos dias. Este seleto grupo de homens carrega consigo os segredos da intimidade e da experiência de um viver em comunhão com Deus que pouquíssimos seres humanos têm a possibilidade de acessar.

O pastor é aquele que convive com a ardente esperança da volta de Cristo enquanto milita fervorosamente pelo Reino de Deus que já está introduzido na Terra. A vocação pastoral exige inúmeras responsabilidades que os mercenários nem de longe assumem, mas o pastor é aquele entende que para além destas responsabilidades há uma esperança de glória inefável e indizível na pessoa bendita do Santo Deus que o escolheu. Hoje ainda temos pastores que não obstante todos os infortúnios de suas chamadas continuam resolutos e constantes no foco do alvo da soberana vocação tanto de suas almas como a de seus ouvintes.

A honra do ministério pastoral não está nos louros ou benesses terrenas, e sim na honra de ser portador de um chamado específico no qual o resultado de suas ações repercutirá pela eternidade. Grande parte deste santos homens foram privados por Deus de vários privilégios que a grande maioria dos cristãos tem, contudo em seus corações não há frustrações ou revoltas pelo contrário existe confiança plena na positividade infinita da vontade de Deus.

Por estes homens que possuem uma existência privilegiada, uma essência incomum ao restante da humanidade e que em nenhum momento cogitam o abandono de suas posturas no reino espiritual, sejam dadas honras, glórias, força, e louvor ao Rei dos reis, àquele que por seu soberano ditame deu-nos PASTORES.

 

Pb Vicente Thiago Freire Brazil

Jurema, 07 de setembro de 2008

 

* Texto em homenagem ao trigésimo aniversário de consagração ministerial do Pastor Messias de Castro e Silva.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial